Candeia, Compositor da melhor nata Portelense, terá três discos relançados! Tais obras revelam suas viagens pela cultura musical negra!
No seleto grupo dos cantores e compositores que ajudaram a construir a identidade musical brasileira, um espaço de destaque deve ser reservado para Antônio Candeia Filho. Carioca, nascido em 17 de agosto de 1935.
Candeia cresceu no bairro de Oswaldo Cruz cercado por um time de bambas da mais alta estirpe. E, tal qual filho de peixe, ele cresceu e se tornou um dos fundadores da G.R.E.S. Portela, para a qual compôs um samba-enredo aos 18 anos. Reconhecido e gravado por estrelas como Alcione, Beth Carvalho, Marisa Monte e Clara Nunes, ele marcou sua obra por uma pesquisa constante dos ritmos negros, dando destaque para as raízes africanas.
Fez parte do grupo Mensageiros do Samba, com quem estreou em disco em 1964.
Fez parte do grupo Mensageiros do Samba, com quem estreou em disco em 1964.
Escreveu, ao lado do amigo Isnard, o livro Escola de Samba, Árvore que Esqueceu a Raiz, e fundou a escola de samba Quilombo, em 1975, para defender o samba autêntico. Dois anos depois, se reuniu com Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Elton Medeiros para gravar o disco Os Quatro Grandes do Samba
Seus três primeiros discos solo lançados entre 1970 e 1975 – Autêntico, Seguinte: Raiz e Samba de Roda – e que ganharam recente reedição pelo selo Discobertas. Sozinho ou com parceiros como Paulinho da Viola, Casquinha e Wilson Bombeiro, ele vai do partido-alto ao ponto de macumba, passando pelo pagode e outros estilos, sem fazer muito esforço. Saudação a Toco Preto, por exemplo, é um cruzamento dos afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes com os metais funkeados de James Brown.
SALVE CANDEIA!
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