domingo, 13 de janeiro de 2013

Patricia Nery

Patrícia e Douglas: sob ventos e abençoados
 
Um pouco da nossa Rainha da Tabajara!
 
- Vai passar um filme na minha cabeça quando eu entrar na avenida. Meu medo maior é o de me emocionar muito e me debulhar em lágrimas, diz.
 
- Não estou nervosa, mas estou ansiosa porque é a minha escola. Tudo é muito mais emocionante. Tem a correria dos compromissos de rainha, ainda mais que esse ano a Portela está fazendo 90 anos, é uma das escolas mais antigas e tem 21 títulos. É uma escola de tradição.
 
- Já tenho um dia a dia muito corrido. Mas agora estou ensaiando três vezes por semana na escola, mas acho bom porque dá um gás maior, já funciona como treino.
 
- Prezo muito a saúde. Procuro ter uma alimentação saudável e fazer exercício o ano inteiro. Aumentei minha carga de exercícios aeróbicos para ter condicionamento físico maior. Afinal, tem que sambar e aguentar um esplendor que às vezes pesa 8, 10kg. Como estou ensaiando muito, acabo emagrecendo. Acho que já perdi uns 3 ou 4 quilos além do que queria. Mas é ótimo. Toda mulher quer, né? (risos). Mas vou a academia todos os dias, de manhã e de tarde. Quando tenho ensaio na escola, só vou de manhã, senão não aguento. Fora a musculação, faço pilates, balé, boxe, mas não com tanta frequência. Gosto porque a atividade ajuda a trabalhar o braço, que é uma coisa muito exigida no dia do desfile. Não é só para estar com braço sarado, é para ter resistência mesmo.
 
- Nasci e fui criada em Madureira e sei bastante coisa sobre o bairro. Além disso, sempre frequentei a quadra. Minhas compras até hoje são feitas no Mercadão de Madureira(risos). Mas conversando com a Tia Surica(pastora da Velha Guarda) e com Monarco, descobri coisas de sentar e chorar sobre o bairro e a Portela.
 
- Minha lembrança mais doce de Madureira é a da linha do trem. Minha mãe era secretária do dono de uma fábrica que ficava ali perto e, quando a sirene tocava, sabia que era a hora dela vir embora. Aí, eu ia para a janela para esperá-la chegar, e o trem sempre passava junto. Acabava fazendo pedidos para ele e, um desses pedidos, eu dizia que queria estar na bateria, brincar na bateria – já que na época não existia o posto de rainha -, e acho que ele acabou trazendo esse sonho pra mim.
 
- É uma história de amor, de carinho, de aconchego. Quando cheguei aqui, as pessoas mais novas não me conheciam tão bem. Sabiam que eu desfilava como musa, mas só. Mas as pessoas da velha guarda, conheciam meu pai, minha mãe. Vai passar um filme na minha cabeça quando eu entrar na avenida. Meu medo maior é de me emocionar muito e me debulhar em lágrimas.
 

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