quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Lucinha Nobre (Porta-Bandeira da PORTELA)

Lucinha e Marlon, a dupla de Mestre-Sala e Porta-Bandeira foi o destaque do CAMPEÃO DA PASSARELA 2018 do BLOG (Mestre-Sala e Porta-Bandeira)


Mestre-Sala

Lucinha:  “Eu acho que o Marlon está numa crescente surpreendente, a maturidade dele está chegando muito rápido e acredito que seja por conta da grande responsabilidade. Ele está se saindo muito bem, fico feliz por ele, não somente pelo profissional mas pelo ser humano também devido as coisas que ele passou no início, se saindo muito bem, os lugares onde ele está conseguindo chegar com respeito e tranquilidade. Não é fácil mudar o curso da vida, ele veio de São Paulo, mudou a vida inteira para buscar um sonho e graças a Deus deu tudo certo, está dando, nesses 4 anos juntos. Estou muito feliz com o desenvolvimento dele pessoal e profissional”.

PORTELA

Lucinha:  “Com certeza! Eu sei que não podemos fazer planos muito além, pois não é a gente que decide. O que eu posso dizer hoje é que me sinto muito bem aqui, é uma Escola que aprendi a amar, é um lugar onde eu sempre tive vontade de voltar, todo mundo sabe, e aconteceu, fui convidada num momento muito bonito da escola, cheguei para comemorar um título. Fico muito honrada de ter ganho essa alegria e oportunidade”.

Quesito

Lucinha:  “Eu gosto do jeito que é. Se eu pudesse talvez pediria para justificar o 10. É muito subjetivo, as vezes a gente ganha a nota máxima, ou não, e o que você acha que tem que melhorar não fica muito claro. A gente perde ponto e não consegue entender muito bem o motivo. Acredito que justificar o 10 seria bom”.

Amizade

Lucinha:  “Nos conhecemos há muitos anos e nossa amizade já passou por momentos em que as pessoas tentavam fazer intrigas dizendo que ela falava isso ou aquilo de mim e vice-versa. Sempre resolvemos conversar. Eu conheci a Selminha passista ainda. Hoje em dia, acho muito bacana, eu sou da noite e ela do dia, que as vezes ela está acordando e eu indo dormir mas a gente se fala, vejo que ela está online e conversamos. Nos falamos semanalmente, ela me apoiou muito quando parei de dançar, dizia que eu deveria voltar e sendo a Selminha Sorriso não precisava fazer isso. Ela me estimula, me inspira e me apoia. Fico muito feliz vendo que mesmo com a reviravolta que a vida deu ela está muito feliz. Ela merece, é um ser de luz e gosto de ter por perto. Eu sempre que posso falar com ela mando mensagem, áudio, antes do desfile ou depois, agora estou falando dela aqui e mais tarde vou falar para ela que falei sobre nossa amizade. É uma amizade muito bonita e eu acredito que deva servir de exemplo nesse meio tão cheio de vaidade. Ninguém precisa
desmerecer ninguém para brilhar”.

Técnica

Lucinha:  “O tempo diz. Quando eu entrei na dança já fazia balé, para mim, eu via ligação, quando eu tinha seis anos de idade, foi quando eu quis virar porta-bandeira. Eu falei para minha mãe que era muito fácil, era debulê, eu já tinha a visão do balé. Hoje em dia eu fico muito feliz em ver em que todos os casais tem ensaiadores, porque tem que ter alguém para ver de fora para colocar você numa posição. Gerou empregos, por exemplo a Vivi que está com a gente neste carnaval, ela não chegou a virar uma grande porta-bandeira mas é uma grande ensaiadora. Tem bailarinas que gostariam de ter sido porta-bandeira e hoje são ensaiadoras. Ajuda muito na linha, eu vejo o casal da Grande Rio, os dois fazendo balé e quando eu era mais nova tomava tanto esporro de porta-bandeira mais velha dizendo que eu estava desrespeitando. Hoje em dia quando vejo um casal com noção de dança clássica, pela linha de movimento, é muito mais bonito. Eu fico muito feliz com isso e hoje tem outras coisas como o respeito, o salário estar em dia, sobre as nossas necessidades como sapatos, roupas que são coisas que quando lá trás eu falava fiquei com fama de arrogante e difícil. Hoje em dia essas mesmas pessoas reconhecem que minha caminhada foi importante para o todo”.

Homenagem à Clara Nunes

Lucinha:  “Eu achei muito parecida, eu estudei muito a Clara. A diretora do filme da Clara me deu o link do filme com a senha e eu via praticamente todo dia. Depois descobri uns momentos dela numa turnê no Japão, onde ela parecia estar muito feliz. Os momentos dela de desfile, as fotos. Eu ensaiava o sorriso dela que era completamente diferente do meu, ela era tinha uma coisa de calmaria que eu não tenho. Mas já na caminhada e até da outra vez que eu passei pela Portela as pessoas diziam que eu me parecia com ela, ouvia muito isso. Tia Surica dizia que eu tinha até o jeito dela. Eu sempre gostei dela, não foi difícil, só precisei focar para pegar o sorriso dela, levantar o braço do jeito que ela levantava enquanto cantava. Foi muito bonito. Meu irmão não sabia e chorou muito quando viu. Eu nem cheguei muito perto das pessoas que eu conhecia pois elas estavam chorando muito e eu não queria chorar durante o desfile. Outra coisa é que ela usava pouca maquiagem, então quanto menos maquiagem eu usava mais parecida eu ficava e isso foi um desafio porque eu gosto de maquiagem”.

Renato Lage e Márcia Lage

Lucinha:  “Eu sou obediente. Eu adoro o Renato, adoro a Márcia, são pessoas fundamentais na minha vida que me ajudaram no começo, que me conhecem desde sempre, o Renato até antes. Está sendo bacana, Renato é inteligente demais, é engraçado e a forma como ele apresenta os projetos com animação. Ele tem acompanhado o processo de criação da roupa, estou muito feliz de trabalhar com ele, sou fã. Sempre tive vontade de trabalhar com ele mais velha, antes eu era muito menininha. Está sendo bacana”.

Qual foi o desfile da sua vida e qual você não gostou?

Lucinha:  “Essa pergunta não tem resposta. O desfile da minha vida são vários, não tem como escolher um só. O que eu menos gostei sem dúvidas foi o último na Tijuca, em 2009. Era uma roupa com a cor que eu não queria, a minha relação com a escola estava muito delicada, a minha relação com o processo de produção da roupa não foi legal, o resultado também não. Pensar em um que não gostei foi esse. Dos que eu gostei, na Portela, 2011 eu amo, apesar do fogo a roupa era muito linda, foi um desfile de renascimento depois de tudo que passamos no barracão. O ano de 2012 eu gosto muito. Dos antigos eu gosto de 1996. Tem o de 1995, que foi um desfile difícil de fazer, ficamos muito tempo em pé esperando resolver o problema da escola. Não dá para escolher um só, seria injusto. Gosto muito do desfile de 2006 da Tijuca, 2008 que foi o ano da fada. Difícil, eu gosto da minha carreira, graças a Deus tenho mais acertos do que erros. Trabalho muito para no final dar tudo certo, óbvio que a nota importa mas eu quero olhar, me orgulhar e me sentir realizada com o que fiz”.

Lucinha é um dos diferenciais que a PORTELA levará para a Sapucaí em 2020!  

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