terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Paulo Menezes


Os Portelenses aguardam com muita esperança nosso desfile em 2012!

Para isto, e esperando voltar a reconquistar o título máximo do carnaval carioca, seus torcedores estão confiantes em seu carnavalesco Paulo Menezes
 
- Vamos falar da Bahia inteira. As festas, não só as religiosas, mas todos os tipos de festividade. Vamos tentar mostrar a maneira que o baiano demonstra a sua alegria e o seu modo de confraternizar, explicou Menezes.

A Escola, segundo Paulo irá mostrar as manifestações, agrupando por festas.

- Tem festa de purificação, de lavagem, outras voltadas para a água, festas africanas, católicas, populares, o carnaval. Procurei setorizar tudo para mostrar um trabalho mais amplo possível. Fui à Bahia. O trabalho de pesquisa para mim é fácil. Sou formado em história e é um prazer fazer isso. Não trabalho com pesquisador. É uma opção minha. A pesquisa me dá novas possibilidades, novos caminhos. Se eu encomendar uma pesquisa, de repente me dão algo pasteurizado e eu não teria com descobrir esses caminhos naturais. O produto final do enredo sempre é um pouco diferente do que você planejou inicialmente. Acaba ficando até mais legal.  relatou o carnavalesco.

- Vários enredos já passaram repetidamente pela Avenida e acho que tudo tem o seu momento. A minha Bahia é a minha visão num momento determinado. Se eu for falar de Bahia daqui a dois anos vou ter outra visão. É normal. Nós vamos amadurecendo, evoluindo o pensamento. Cada carnaval é diferente e cada carnavalesco vê o seu tema de uma maneira. Se eu for ficar preocupado com isso, não trabalho. O Nordeste é muito rico. Cultura, folclore e música, tudo isso é muito forte lá. É uma gama de cores muito forte que o carnavalesco consegue trabalhar. Sinceramente, não considero nada repetitivo falar do Nordeste. Que passe cada vez mais enredos assim, valorizando a cultura desse povo. Vejo isso como uma valorização e uma afirmação dessa importante região do Brasil. - disse Paulo.

Tendo uma Ala excepcional de Compositores, os responsáveis pela obra apontam a sinopse feita pelo carnavalesco como parte da inspiração. Ele conta no que pensou para a construção do texto.

- Foi mais difícil para os compositores do que para mim. Quando fiz a sinopse, tinha em mente que não queria um samba engessado, algo construído em cima de uma sinopse que apontasse o primeiro carro, segundo carro e etc. Queria um samba livre, solto, onde o compositor pudesse trabalhar o seu lado compositor. É óbvio que todo samba-enredo é uma obra encomendada, mas a nossa encomenda deste ano foi a menor possível. Apenas pincelei coisas que passarão dentro do enredo. Lamentavelmente a disputa de samba-enredo ficou muito presa a um formato. Resolvi apostar em algo diferente. Poderia dar muito errado, mas deu muito certo. Isso abre um precedente para os próprios compositores. O samba-enredo não é só dois refrões e duas partes, existem muitas outras coisas que podem compor um samba.

Menezes revela também um envolvimento quase espiritual entre este enredo e a Portela

- Não sei te responder isso hoje. Não sei o que eu vou fazer de enredo e nem onde eu vou estar. Existem coisas que fogem um pouco da nossa vontade. Quando eu vim para a Portela, senti que ia fazer Bahia. Vim para cá pra fazer Bahia. Acabou que surgiram várias coisas, outros enredos dados como certos, mas eu nunca sentei para desenhar. Esperei porque eu sabia que não faria aquilo e a Bahia acabou vindo, foi um caminho natural. Já tinha muita coisa pensada para esse enredo.

As fantasias portelenses revelam outro retorno a um passado em que a Escola de Oswaldo Cruz levava para a avenida com um nível requintado, suas fantasias. O carnavalesco vem se notabilizando por usar cada vez mais figurinos ao invés de fantasias com esplendores e muitas penas. Ele lembrou a apresentação das fantasias à comunidade como um dia extremamente positivo neste carnaval portelense.

Ciente, mas sensato, o carnavalesco portelense lembra que para que a Portela possa brigar pelo título, é necessário capacitar todos os outros nove quesitos e julgamento.

- É uma faca de dois gumes. Sempre digo isso aqui: só o samba não ganha carnaval. Não podemos achar que só com um grande samba está tudo lindo e maravilhoso. Temos que brigar para colocar o carnaval na rua. Precisamos mostrar para as pessoas que temos um grande samba e um grande carnaval. Quesitos eu tenho em casa, confio em todos os quesitos que vamos levar para a Sapucaí, mas tenho que dar segurança para os profissionais transformarem a capacidade em nota máxima. Desde que cheguei na Portela tento passar isso para a direção da escola – garantiu ele.

Esperamos que o conjunto que a Majestade do Samba vai levar para a avenida, dê aos portelenses um real NOVA PORTELA!

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