segunda-feira, 17 de junho de 2013

Monarco

 
Monarco, nobre Mestre Portelense, foi eleito o melhor cantor de samba no último Prêmio da Música Brasileira!
 
Foi pilar fundamental para a mudança que houve a pouco na Escola de Oswaldo Cruz:
 
— Essa alegria não é só minha, está estampada nos rostos das pessoas. Dos portelenses e não portelenses. Agora a Portela vai voltar a ter o espírito dos anos 50 e 60, quando a quadra era um ponto de encontro e a opinião de um portelense era levada em conta. Na feijoada da vitória, havia mais de 5 mil pessoas na quadra, do lado de fora, na Rua Clara Nunes — diz Monarco.

— Quando o Carlinhos saiu, em 2004, entrou o Nilo (Figueiredo). Eu não apoiei porque me lembrei que o Natal não o apoiou em 1970. E ele sabia o que era bom para a Portela.
 
Como memória viva da agremiação, Monarco lembra:

— Lugar de portelense é na Portela. Candeia criou uma outra escola, a Quilombo, mas como protesto às mudanças do carnaval. Nunca para disputar títulos com a Portela.
 
Quanto ao celeiro de bambas menciona:

— A Portela vem de dois sambas excelentes, mas muitas vezes o pior ganhou por questões políticas.
 
Líder da melhor Velha Guarda do Mundo do Samba, pede atenção:

— Perdemos peças importantes nos últimos anos como o Argemiro, o Jair, a Doca. O Casquinha teve que se afastar, o Cabelinho teve problemas de saúde. Não temos peças de reposição. Alguma hora a Velha Guarda vai acabar.


O samba não pode parar:

— A grande comemoração será uma festa na quadra com a velha guarda e portelenses de todas as gerações. Para começar, já convoquei Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. O grande Rufino, quando perguntado sobre a fundação da Portela, dizia: ”a Portela não foi fundada, ela nasceu com a graça do Divino Espírito Santo”. Acho que tudo isso que está acontecendo é obra dele mesmo — festeja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário