terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Nilo Sérgio (Mestre de Bateria da PORTELA)


NILO SÉRGIO

Ele é o Jovem Mestre de Bateria da PORTELA e desde 2006 comanda a tradicional Tabajara do Samba, que é o coração da Escola!

Origem

“Meu cunhado era mestre de bateria do Império Serrano e me levou pra lá, mas todos sempre souberam que eu era portelense. Na época, menor de idade não podia entrar na Portela, então virei catador de garrafas. Entrava na quadra e aproveitava pra ir para a bateria. O dinheiro também ajudava na passagem para frequentar os ensaios.”

Tradição

“Até hoje a gente tenta resgatar o máximo das características da bateria antiga, claro que com um pouco mais de ousadia. Tentamos manter o peso, a levada da terceira e a caixa embaixo, que tinha 3 rufadas, e hoje colocamos apenas uma, para se enquadrar no carnaval de hoje. Nem tudo podemos mudar, se não tomamos puxão de orelha da velha-guarda, mas a gente tem que acompanhar a evolução do samba, e assim tentamos agradar o portelense, o público e os jurados”.

Preparo

“Dependendo da justificativa, eu trabalho em cima para não cometer os mesmos erros. Por exemplo, perdíamos muito em afinação, hoje não perdemos mais. Perdíamos em bossas longas, trabalhamos em cima disso. Mas não posso perder a identidade da bateria. Quando construímos um trabalho, peço a opinião dos segmentos da escola. Se está bom, se pode melhorar, se precisa mudar alguma coisa. Tenho que agradar primeiro a minha escola, e tento aproximar o máximo possível do que os jurados pedem”.

Batida

“Temos a batida do agogô da Portela. Fazemos um desenho em cima da melodia, sem ferir o samba”.

“Tem alguns desenhos que as pessoas acham que é difícil, mas que os tocadores de tamborim mais antigos da Portela já faziam antes. Inclusive, os tocadores de frigideira faziam uma batida que hoje fazem no tamborim. Muita gente acha que é algo novo, mas não é. Não perdemos essa essência.

Fantasia 2016

“Quando ele me mostrou a fantasia, eu só disse obrigado. Não tive o que falar. Não vai atrapalhar em nada. O que a gente fizer no ensaio técnico, acredito que vamos fazer da mesma forma no desfile”.

Comandados

“A Portela chegou a vir com 320 ritmistas na bateria. Este ano viemos com 300. Eu não posso sair tirando os ritmistas que me viram garoto da bateria. Eles vão parando e eu vou reduzindo. Tem também os ritmistas de fora que nem sempre podem ir e depois param de frequentar. Diminui para 280, mas estou querendo vir com 270 ritmistas”.

Surpresa

“Eu já falei com o presidente e com o carnavalesco, que gosta muito de surpreender. Levei uma proposta e estou esperando para saber se irão aceitar. Está dentro do enredo e do contexto da fantasia da bateria. Nem os ritmistas sabem. Não vamos apresentar no ensaio técnico, só no dia do desfile. Se puder, vamos fazer, e vai ficar legal”, completou o mestre.

O BLOG deseja toda a sorte para Nilo Sérgio e seus comandados e que a Tabajara do Samba, como é de hábito, dê um OLÉ na avenida!

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