quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

PORTELA 1984 (Sinopse)


PORTELA 1984

Portela - Cantando sua gente falamos de você !

... e estava escrito. Quando o beato Padre Anchieta escreveu o poema sobre a virgem santíssima nas areias da beira mar, estava sem dúvida compondo também um canto de louvor a Yemanjá, pois nessa terra o sincretismo religioso e a miscigenação já eram uma decisão do criador.

Com os negros cativos no banzo da saudade, viajaram nos caminhos do medo e da humilhação os orixás mais temíveis e amados para renascerem em terra casta nos filhos dos seus filhos, e na dinastia de "Reis Negros" para serem perpetuados em ritos-mitos e dengos. E hoje mesmo que as águas das marés do tempo cubram de espuma o mito de cada um de nós escrito nas areias da praia gravado ficará para sempre na memória dos espaços infinitos os nossos CONTOS DE AREIA.

Abertura

Se a lenda é irreal e a história tradição, nada mais lógico que seja a Bahia o cenário da intimidade entre homens e Deuses porque a velha Bahia é....

... o berço da história

... a terras das lendas

... a tendas dos Orixás

... o santuário dos Deuses Negros

Momento I:

1º Conto


De como Oranian, Orixá Negro por designo de Olorun, senhor da vida e da morte, criou do nada com seu manto azul o céu, o mar, a terra.

1º Mito


De como um sambista influenciado por Oranian criou do nada o riso, a amizade, a beleza em azul e branco: a Portela. O ABC de Paulo Benjamin de Oliveira (Paulo da Portela)

Momento II:

2º Conto

De como o Rei Keto-Oxóssi, zelador dos homens e bichos, dominou os espaços verdes, campos e cerrados para que a criação perpetuasse nas glórias de Orum.

2º Mito
De como um sambista influenciado por Oxóssi um Deus Negro, forjou e perpetuou o Santuário do Samba - A Portela. Dono de bicho, amigos dos homens, sambista de fé.... O ABC de Natalino José do Nascimento (Natal).

Momento III:

3º Conto

De como Oiá Yansã, Orixá Rainha Guerreira - deusa dos homens - soberana dos Eguns, bailou nos ventos e rasgou o tempo, tecendo com o jogo dos céus acordes de glórias e brandos de luta.

3º Mito

De como uma sambista da mais pura tradição mestiça, deusa do branco amor e paz, fulgor azul dos raios da guerra, cantou as tradições, glórias e hinos de luta da sua escola Portela.

Momento IV:

FINAL - PORTELA NA AVENIDA

Razão única deste enredo.

E no Panteão Azul e Branco, Portela e outros deuses negros se fizeram presentes para que incorporados em seus súditos formassem a constelação fulgurante das estrelas gloriosas.

Águias de ouro de brados e luta.

Águias de prata de luz e paz.

No azul a homenagem viva dos que aplaudem os que agora na Avenida desfilam.

No branco a glória eterna aos que nas saudades nos guiam.

Para que hoje fosse o exemplo do passado e que no futuro cada um de nós tenha gravado na memória dos tempos.

Nossos feitos - nossas glórias - nossos CONTOS DE AREIA!


Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo

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