sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Monarco e Noca (Nobres do Samba)



MONARCO

“O que nos une? O samba em primeiro lugar porque ele (Noca) é sambista verdadeiro e eu também”.

“O portelense nasce portelense, Com toda certeza é um amor tão grande que nós temos pela nossa agremiação que isso faz que a gente vire fanático pela nossa escola. É um amor profundo”.

“O primeiro samba que eu fiz na minha vida eu tinha 8 anos de idade. Eu andava com um pretinho em Nova Iguaçu, que o nome dele era Sabu, e andava com outro colega chamado Luiz. Então, era eu, Sabu e Luiz, E eu já era Monarco... E aí eu fiz o ‘Crioulinho sabu’ [canção]. Aos 8 anos”, conta, antes de cantar: “A liga da defesa nacional vai contratar o crioulinho sabu / Vai contratar Monarco e Luiz / A garotada vai pedir bis.”

Ao chegar em casa, contou orgulhoso para a mãe. “Todo mundo: ‘Ih, Monarco fez um samba...’ Eu fiquei todo alegre e cheguei: ‘Mãe, eu fiz um samba’. ‘Que negócio de samba, vai tratar de estudar’”, respondeu ela.

“Eu tava desempregado e o falecido Cheiroso me chamou pra trabalhar no peixe, de manhã cedinho eu descia com ele pra Praça 15 pra botar o peixe pra fora. E isso já com um baú cheio de samba. Ia cantando samba no caminhão".

“A portela tá bem ensaiada. Com muita humildade, vamos pisar na cidade e vamos entrar para abiscoitar esse título ambicionado”.


NOCA


“Irmãos Unidos do Catete. Tinha um grande compositor, que me ensinou, muito chamado Irineu (...) Quando eu ganhei esse samba? Com 14 anos. Vou até dar uma palinha: Antigamente era história do Brasil, a maioria dos enredos e os sambas tinham 40, 48 linhas. Eu fiz um samba com 16 linhas. Foi um espanto para a época. O enredo era a independência do Brasil”.

“Eu criei quatro filhos com dinheiro da feira. Trabalhei 20 anos na feira”.

O sucesso só veio por meio de uma das vozes mais marcantes da música brasileira, Elza Soares. “Eu recebi 200 mil de compacto. Naquela época era o estouro da boiada. ‘Minha Portela querida és razão da minha própria vida’”, cantou. “Mas deu pra abandonar a feira”.

“Nós não podemos nos queixar do samba. O samba é o alimento do nosso corpo e da nossa alma”.

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