"Com ou sem incêndio, faremos um Carnaval à altura de todas as outras escolas de samba do Rio". A frase do carnavalesco da Portela Roberto Szaniecki revela o clima de otimismo observado em todos os integrantes da escola que aguardam ansiosamente pela noite da próxima segunda-feira, quando a Portela entrará na avenida.
Para garantir o ânimo dos foliões da azul e branca de Oswaldo Cruz, depois do grave incêndio que atingiu a Cidade do Samba no último dia 6, e queimou cerca de 4 mil fantasias, fibra de vidro, esculturas e adereços, o carnavalesco decidiu fazer uma grande mudança na organização de seu desfile.
Os baluartes portelenses, como Tia Surica, Noca, Dodô e Monarco, não virão no fechamento do desfile como de costume, mas sim antes da Comissão de Frente, abrindo o desfile.
"Foi a maneira que eu encontrei de dar um ânimo aos 4 mil integrantes da Portela. Nossos baluartes vão vir no início para dizer a todos aqueles que vem logo atrás, que nós podemos, sim, fazer um excelente carnaval", sentenciou Szaniecki.
Este ano, sob o enredo “Rio, Azul da Cor do Mar", a escola vai abordar a relação do homem com o mar – e vai falar desde as rotas marítimas dos chineses, fenícios e egípcios, mitologia e criaturas do mar até os 100 anos do Porto do Rio de Janeiro – passando pelos aztecas, a indústria do petróleo e pela relação entre a música e o mar.
O carro abre-alas da escola vai representar o encontro do céu com o mar. “A primeira coisa que o homem tem que aprender para navegar é ganhar seus pontos de referência. E isto virá representado no Abre-Alas.”, explicou o carnavalesco.
A Comissão de Frente representará os navegadores chineses, já que os orientais foram os primeiros a partir mar adentro, guiando-se pelos signos do zoodíaco.
"O sonho das especiarias" é o carro que mais chama a atenção de quem passa pelo abrigo improvisado para os carros, do lado de fora da Cidade do Samba. A alegoria representa Gênova e Veneza e o sonho dos navegadores do século XVI de se chegar às especiarias.
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