Lucinha Nobre, que neste ano também representou uma nova escola em sua carreira - defendeu a Portela, a terceira de seus 18 anos no Grupo Especial - afirmou que o nervosismo aparece mesmo no fim do desfile:
- É horrível porque aí você não pode mudar o que já foi feito. Não tem mais como. Não tem conserto. E aí você fica naquela... Ai meu Deus, eu podia ter feito isso, eu não deveria ter feito aquilo...
É supersticiosa. Todos os anos procura repetir os mesmos rituais. Como o de usar os serviços de um maquiador que a acompanha há 15 anos:
- Na concentração, fico muito quieta. Boto um CD de mantras no walkman , fechos os olhos e fico em posição de lótus. E então começo o aquecimento, que dura mais ou menos uma hora.
Quanto a bandeira da PORTELA, Lucinha a mantém em casa durante todo o ano:
- Ela fica comigo o tempo todo. Não empresto para ninguém. Durmo com ela!
A Porta-Bandeira Portelense tem um salário mensal como porta-bandeira, o ano todo. Mas ganha a vida com produção de figurinos e este ano começa a estudar jornalismo:
- Sempre fui profissional da dança. Já ganhava dinheiro como porta-bandeira mirim. Mas isso nunca me impediu de ser sambista. A dança tem um preço, um custo. É coisa séria, trabalhosa. Exige um talento que não é todo mundo que tem - argumentou, em nome de todas as porta-bandeiras.
Lucinha, foi uma das melhores contratações da PORTELA! Veste a camisa da Escola e, com certeza, a beleza da dança estará presente no desfile da Majestade do Samba!
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