segunda-feira, 15 de julho de 2013

Silvinho da PORTELA

 
Sílvio Pereira da Silva (1935 - 2001)
 
Para a Portela, escola que detém o maior número de campeonatos no carnaval do Rio de Janeiro, nada mais justo que estar bem servida de bons intérpretes ao longo de sua história. 
 
O que ficou mais tempo à frente foi Silvinho do Pandeiro. Tamanha era sua identificação com a Escola que logo ficou conhecido também como Silvinho da PORTELA. 
 
Cantor. Compositor. Aos 16 anos, já desfilava pela Portela. Durante 17 anos foi o puxador oficial da Portela, da qual foi integrante da ala de compositores. Também integrou a ala de compositores da Unidos da Viradouro, em Niterói. Faleceu às vésperas do carnaval de 2001, em decorrência de um câncer na próstata. Foi sepultado no Cemitério de Inhaúma, subúrbio do Rio de Janeiro.
 
Silvinho do Pandeiro estreou como puxador oficial da Portela em 1969, com “Treze Naus” (Ary do Cavaco). Vivenciou uma época áurea de sambas antológicos não só na história da Portela como na da própria MPB. Entre os sambas, cantou “Lendas e mistérios da Amazônia” (Catoni, Jabolô e Waltenir), “Lapa em três tempos” (Ary do Cavaco e Rubens), “Ilu-Ayê” (Cabana e Norival Reis), “O mundo melhor de Pixinguinha” (Evaldo Gouvêa, Jair Amorim e Velha), “Macunaíma” (David Corrêa e Norival Reis) e “Contos de Areia” (Dedé da Portela e Norival Reis). Em algumas oportunidades, tinha o luxo de dividir o microfone com nomes do quilate de Clara Nunes, Candeia e David Corrêa. 
 
Entre os sambas-enredos que interpretou, marcando época não só na Portela, mas na MPB como um todo, destacam-se "Lapa em três tempos" (Ary do Cavaco e Rubens Alves de Sousa), com o qual a escola se classificou em 2º lugar do Grupo 1, em 1971. No ano seguinte, a Portela classificou-se em 3º lugar do Grupo 1com o samba-enredo "Ilu Ayê" (Terra da vida) (Norival Reis e Cabana). 
 
Em 1975 "Macunaíma, herói da nossa gente" (Norival Reis e Davi Antônio Correia), com sua interpretação deu à escola o 5º lugar do Grupo 1. No ano de 1978, gravou o seu único disco: "Silvinho e suas cabrochas". 
 
Em 1978, o sambista gravou o seu único disco: "Silvinho e suas cabrochas". Na década de 80, Silvinho do Pandeiro também integrou a ala de compositores da Unidos da Viradouro. Venceu vários carnavais puxando o samba no tempo em que a escola vermelha e branco desfilava em Niterói. Na Portela, conquistou três vezes o Estandarte de Ouro, um deles em 1983, por interpretar o samba-enredo "A ressurreição das coroas”. Silvinho foi Cidadão Samba em 1970. 
 
Em 1982, Neguinho da Beija-Flor, no disco "É melhor sorrir", pela gravadora Top Tape, interpretou "Um grande amor se acaba" (c/ Xavier e Onofre do Catete). Como puxador da Portela, conquistou três estandartes de ouro, um deles em 1983, com o samba-enredo "A ressurreição da coroa, reisado, reino e reinado" e que conseguiu o 3º lugar do Grupo 1 para a escola. 
 
No ano de 1999, participou de um show coletivo na casa noturna Rio Sampa, em Nova Iguaçu. No ano de 2001, pouco antes de falecer, participou da escolha do samba-enredo para o carnaval daquele ano, concorrendo com um samba de sua autoria.
 
Por três vezes, foi premiado com o Estandarte de Ouro como melhor puxador de enredo, interpretando sambas que marcaram a história da Portela, entre eles “Lapa em Três Tempos”, em 1970, “Iluaiê”, em 1973, e “Macunaíma”, em 1975. Em 1978, gravou o disco Silvinho e Suas Cabrochas. 
 
Discografia:
 
- Silvinho e suas cabrochas (1978) - LP

Falar em puxador de samba da Majestade do Samba este é Silvinho!

Um comentário:

  1. Inesquecível.Acho que a Portela não deu o valor que ele merecia.Saudades de um grande Portelense.

    ResponderExcluir