terça-feira, 2 de novembro de 2021

Trem do Samba e Feira das Yabás 2021


Trem do Samba e Feira das Yabás 2021


Os dois projetos criados pelo sambista Marquinhos de Oswaldo Cruz retornam ao bairro, em homenagem ao samba e às tradições afro-brasileira.

Salve o Samba! Queremos samba! Como cantava Zé Keti!  Em dezembro, o samba invade Oswaldo Cruz, com o Trem do Samba e a Feira das Yabás.

O Trem do Samba, projeto que parte da Central do Brasil no dia 4 de dezembro, sábado, mantendo a tradição da data e do horário – partindo às 18h04, mesmo horário que Paulo da Portela, há cem anos, embarcava todos os dias para sua casa voltando do trabalho. A edição desse ano contará com apenas um trem, diferente dos anos anteriores, que vai levar cantores, sambistas e as Velhas-Guardas da Portela, Salgueiro, Mangueira, Império Serrano e Vila Isabel até o bairro de Oswaldo Cruz, Terra da Majestade do Samba.

Três palcos serão montados, na rua João Vicente será o Palco Zé Keti, na Átila da Silveira o Palco Paulo da Portela, e na Praça Paulo da Portela o Palco Manacéia. Lecy Brandão, Samba do Trabalhador e Dudu Nobre participam cada um em palco, além das 15 rodas de sambas, como a Roda da Pedra do Sal e a do Bip Bip.


Já no dia 12 de dezembro, é a vez da Feira das Yabás.  O evento acontece há 13 anos no bairro de Oswaldo Cruz, e é de imensa relevância para a preservação da cultura afro-brasileira, declarada Patrimônio Cultural Imaterial do estado do Rio de Janeiro, desde 2018. 

Com o objetivo de prestar homenagem às influências africanas na região, tanto na música quanto na gastronomia, e faz homenagem às “Tias de Madureira”, as verdadeiras “Yabás”, que acolhem e alimentam a população local. Por isso, além do samba, o projeto é dedicado á gastronomia comandada por elas, com cardápios da tradição afro-brasileira, como feijoadas e outras delícias. 

Historicamente, não foi apenas lá que as tradições do samba foram transmitidas nos quintais e nos terreiros religiosos das casas das “tias”, tanto em Oswaldo Cruz quanto em outras regiões da cidade, como a Gamboa e a Saúde, onde moravam Tia Perciliana, Tia Sadata e Tia Ciata.  A Feira é maior símbolo atual dessas tradições. 

Para 2021, Marquinhos vai criar um concurso de máscaras contra a Covid-19, como uma forma de saudar os novos tempos sem deixar de alertar para a importância do uso de máscaras como preventiva contra a doença. O concurso será acompanhado de uma campanha de prevenção, sobre o uso de máscaras, higienização de mãos e vacinação, para manter a população alerta e consciente no combate à proliferação do vírus.

O “Trem do Samba” e “Feira das Yabás” vai contar com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Cultura, e vai empregar mais de 1.500 pessoas. 

“Estou muito feliz em retomar os dois projetos. O Rio tem imensa vocação para a cultura e para o turismo, e ficou claro, nesse período todo da pandemia, o quanto a economia criativa é importante para a população dessa cidade. Vamos resgatar o samba, a cultura, a economia dos artistas e das nossas tias”, finaliza Marquinhos de Oswaldo Cruz. 

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