Compositores: Marquinhos do Pandeiro, Joseth Rodrigues, Flavio Viana, Charles Braga, Dollores, Phabbio Salvatt, Tuca, Antonio De Matos Intérpretes: Wantuir, Bico Doce e Sandra Portella
UM CHAMEGO DE MAR, NO CHÃO DE KAAPUÃ
SEIO ACONCHEGANDO O PARAÍSO
MONÃ ME DERRAMOU DEPOIS DO FOGO
AO TENTAR CRIAR DE NOVO, UM MUNDO DE JUÍZO
DEU A IRIN-MAGÉ SEU PAR
PRA SEMEAR TUPINAMBÁ
MAÍRAMÛANA, FILHO KARAÍBA
NO GUIZO DO MARACÁ, MOSTROU A CURA, O CAUIM
E OS CAMINHOS ATÉ MIM, GUANABARA-GUAJUPIÁ
E XAMÃ FALOU DA BRAVURA, MAIS SAGRADA
QUE TERRA BOA, É TERRA PRESERVADA
E XAMÃ FALOU DA BRAVURA, MAIS SAGRADA
QUE TERRA BOA, É TERRA DEMARCADA
VOCÊ É KARIÓKA DA ONDE, MALANDRO?
– DA TABA!
SEUS PASSOS VÊM DE LONGE
SUA SEDE BEBEU MINHA ÁGUA
UNHA DE ONÇA, GARRA DE ÁGUIA DESTEMIDA
ABÁ QUANDO ENCARA A MORTE
KUNHÃ QUANDO ENFRENTA A VIDA
Ê, Ê, CURUMIM, HOJE TEM FESTA NO OKARA
CORPO E ALMA NO TAMBOR, JÁ CHEGOU A TABAJARA
E DA MINHA ENSEADA, EU VI
MANDIOCA MASCADA
TUPI NÃO TEM HORA MARCADA
PRA ACABAR COM A BRINCADEIRA
CANOA PEGA A CHEIA DA GAMBOA
ATÉ GUIRÁ-GUAÇU, EM MADUREIRA
PORTELA ME EMPRESTA O SEU AZUL
QUE ESBARRA NA BARRA DO AZUL QUE É MEU
FAGULHA DE COR, ESTAMPANDO A CIDADE
AÍ QUE A ESPERANÇA, RENASCE
COMO FLOR DE MANACÁ,
ECOA UM CANTO ANCESTRAL
NA AVENIDA, E A GENTE SONHA AINDA
QUE O RIO PODE SE SALVAR
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