SERGIO LOBATO
(Carnavalesco da PORTELA 2018)
INÍCIO
“O Carnaval entrou na minha vida em janeiro de 2005, a convite do Mario Borriello. Ele estava como carnavalesco da Tradição, então, ele me convidou a fazer a comissão de frente. Ele me convidou no dia 2 de janeiro e o desfile era na primeira quinzena de fevereiro. Foi uma loucura. Eu hoje não faria isso nunca. Foi uma série de coisas muito interessantes nesse Carnaval da Tradição. Na verdade, o Mario nunca assistiu ao meu trabalho no ensaio, ninguém. Até tive problemas com o Mario. Na época, ele me boicotou no início, não sabia por que, mas, enfim, eu também achava ‘Ah, eu não quero mais saber de Carnaval’. E acabou conquistando as maiores notas da escola “.
CRIAÇÃO
“Esse é um momento mágico, onde o artista coloca em prática a criação. Nosso processo começa desde o lançamento do enredo, que temos que gerar ideias, buscar inovações, buscar novas tecnologias, ou não. A prática dos movimentos, dessa junção das ideias entre o imaterial para o material, isso é no momento. Então, acredito que depois tenhamos mais dois, três meses, mas o trabalho ficará lindo”.
ROSA MAGALHÃES
“A Rosa é uma pessoa, uma carnavalesca, uma artista maravilhosa, como ser humano e como profissional. Então, ela me deixa muito à vontade, muito confiante, acredita no trabalho e isso é muito importante para mim. É fantástica”.
TRABALHO
“Eu me sinto confiante, assim como toda a minha equipe, juntamente com a Rosa, que está criando um trabalho que, creio, vai ficar maravilhoso. De uma estética muito linda. E com aguerridos integrantes que são amantes do Carnaval e querem o melhor, seremos campeões novamente”. Para ele, quem se apresenta tem que dar o máximo ao público. “Na Avenida, tem que ter esse leão, esse guerreiro, essa guerreira, porque é um espetáculo. Em todo espetáculo, o público precisa ser convencido de que ele passa uma mensagem. E só com muita valentia, determinação, e ser aguerrido”.
COMISSÃO DE FRENTE
“É muito importante a proximidade do público, do carinho e do grito, dos aplausos. Isso nos fortalece muito para a apresentação ao jurado. Claro que dependemos da nota, mas, para mim, o público é mais importante”. Ele disse ainda o que mudaria no regulamento da comissão de frente: “O que eu gostaria realmente é que as notas fossem dadas não baseadas em surpresa, mas no que é enredo”.
PLANEJAMENTO
“A nossa parte como coreógrafo hoje é quase que um produtor também. Nós temos que gerir essa parte de pessoas, de material, estar presente na confecção, na escolha, no desenho de figurinos para poder vermos a movimentação que desejamos. Então, é toda uma complexidade. O coreógrafo não é só coreografar. Ele é praticamente um produtor de tudo isso”.
PERFIL
“A dança despertou através da minha mãe. Ela amava a arte, adorava ficar comigo fins de semana dançando. Ela escrevia poesias, tocava violão, me fazia dançar, interpretar. Esse amor veio de família. E eu gostava muito de ver amigas que dançavam, faziam balé. Eu adorava ir para as boates, dançava muito e todo mundo dizia ‘Vai, vai dançar que você é bom’. E num belo dia, eu entrei numa escola, olhei na porta, e falei ‘Seja o que Deus quiser. A hora que me encher a paciência, eu saio’. E eu fiquei até hoje”.
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