MARQUÊS
BALBINO
Compositor
Portelense
Nome: Sebastião Marques Balbino, e nome artístico: Marquês Balbino.
Compositor cuja biografia musical está inserida nos anais do Museu do Carnaval, da Passarela do Samba, na Marquês de Sapucaí.
A mania, o vício, o jeito de compor músicas populares, encarnaram em si quando tinha 16 anos de idade.
A primeira música que compôs foi “Maria” em 1954 e que foi classificada entre as dez melhores do concurso de música de Compositores Anônimos, no programa da Rádio Nacional, patrocinado pela ESSO Estandard do Brasil e gravado com a grande orquestra de Radamés e como intérprete um dos melhores da época, Ruy Rei.
Participou de outros Concursos importantes e sempre consagrado entre os primeiros. Vocês poderão ter essa confirmação, visitando o Museu do Carnaval da Passarela do Samba da Marques de Sapucaí.
Em 1959, ingressou no G.R.E.S. PORTELA, como segundo secretário, a convite do lendário Natal, onde militou durante 17 anos. De 1959 à 1961, face a sua condição de diretor, não pôde compor.
Em janeiro de 1962, voltou com força total. Venceu o concurso realizado no Estádio do Fluminense FC, pré-carnavalesco, da Coca-cola e Última Hora, com o samba de quadra “Micróbio do Samba”.
A PORTELA conquistou o mais valioso troféu de todos os tempos. “O Tamborim de Ouro”. Nesse concurso, participaram todas as escolas de samba do Rio de Janeiro. Esse troféu foi guardado no cofre forte do Banco Nacional durante muitos anos, mas foi derretido por algum espertalhão como a saudosa taça Jules Rimet.
Ainda em 1962, venceu com o samba de enredo “Viagem Pitoresca através do Brasil” (Rugendas), em parceria com Zé Ketti, Carlos Elias e Batatinha. A Portela sagrou-se campeã e o samba alcançou a nota máxima.
Em 1964, venceu novamente com o samba “O Segundo Casamento de Dom Pedro Primeiro”, em parceria com Antonio Alves. Gravado um mês antes do carnaval, com Zezinho e Orquestra e Côro, pela fábrica de discos ODEON, até então, nenhum outro samba de enredo tinha sido gravado. Porém, aconteceu o inesperado, o compositor Marquês Balbino adoeceu e acamado não pôde ir até a Rádio para assinar o contrato com a ODEON, ficando por isso oficialmente, fora da parceria.
Poderão constatar a veracidade do fato ocorrido no museu acima citado. Mesmo após essa injustiça, continuou compondo em sua Escola de coração, a PORTELA!
Teve vários sambas consagrados:
De Terreiro e Sambas de Enredo que foram para a final, como: Pasárgada, Macunaíma, Pixinguinha. Parcerias: Paulinho Brasília, Ary Guarda, China e Antonio Alves.
Sambas de Quadra, como: Maioral do Terreiro, Volta da Porta-Bandeira (em homenagem à Vilma Nascimento). Presença Espiritual (em homenagem ao Natal).
Venceu o concurso do Porto do Rio, com o samba que virou hino, Canção do Aposentado e atuou como jurado (Quesito Samba de Enredo) na Passarela do Samba, no Grupo Liesga B, em 1995, na mesma cabine com o compositor Luizinho Dú Kavaco (Quesito Bateria).
Texto de: Sheila Marques e Luizinho Dú Kavaco (Filha de Marquês Balbino e esposa de Luizinho Dú Kavaco).
Mais um grande Compositor da PORTELA que é homenageado pelo seu talento e obra! O BLOG, desde já, agradece a colaboração de Sheila Marques e o Compositor Luizinho Dú Kavaco!
O conheci pessoalmente trabalhando no Jurídico da CDRJ, entre 1978 e 1984. Ainda o vi compondo uma valsa pros 15 anos de uma das filhas. Figura humana ímpar.
ResponderExcluirVejo com satisfação esse seu histórico, o que até a algum tempo atrás não se achava em pesquisa. Merecia, e merece, estar constando da história do samba.
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