Ele é um dos maiores ícones do SAMBA na atualidade, o sempre atuante Monarco!
O compositor portelense é sinônimo da escola que elegeu como parte da família, a sua Portela.
O veterano sambista cita sambas de 30, 40 anos atrás, como se falasse de músicas que tocam na rádio todos os dias.
- Nada ganha o Carnaval de 1953, como tinham cancelado o desfile de 1952, valeu como se fossem dois carnavais, quando a sua Azul e Branco apostou no enredo Seis Datas Magnas, recriando momentos importantes da história do Brasil, e se sagrou campeã por unanimidade, vibra.
- Antigamente cada um colocava a mão no bolso para pagar a sua fantasia, ajudava a puxar a corda que separava as escolas da população, quando os desfiles ainda eram realizados pelas ruas do centro da cidade, lembrando um grande bloco de Carnaval. Era uma forma de participar”, explica.
- Ela dizia que o samba foi a minha perdição. Se te pegavam com um pandeiro na mão, você era preso. Nunca fui preso, mas corri várias vezes. Eles (a polícia) foram vendo que aquilo não era desordem. Antes a polícia perseguia, hoje abre ala para o sambista passar, ressalta.
É nos ensaios que o compositor, autor de alguns dos chamados “sambas-de-terreiros”, músicas que a comunidade canta na preparação para entrar na avenida, se sente mais à vontade.
- O ensaio é uma coisa pura, a gente vai de coração aberto, avisa.
- Acaba o desfile eu vou para lá. Depois fico só ouvindo a reação da comunidade, explica o compositor, que diz que não tem mais idade para acompanhar a apuração ao vivo.
Ele faz graça ao lembrar os 30 anos sem títulos da agremiação de Oswaldo Cruz e, otimista, espera que a escolha da zona portuária do Rio com o enredo Rio, de mar a mar. Do Valongo à glória de São Sebastião, traga sorte à escola.
- Ganhamos demais, tínhamos que deixar os outros ganharem um pouco. Vamos ver se esse ano a Portela quebra esse jejum, diverte-se.
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