sábado, 18 de janeiro de 2014

Maria Lata D'Água (Passista)

 
Maria Lata D´Água (1967)
 
 
A PORTELA sempre foi celeiro de nobres sambistas e além de sua forte Ala de Compositores, a Escola de Oswaldo Cruz também sempre mostrou pujança em seus Passistas!
 
Mulata que ficou famosa no carnaval por sambar com lata na cabeça é exemplo de vida para os mais jovens.
 
A lata d’água desceu o morro sambando, ganhou o mundo gingando e agora repousa embalada hoje, pelas asas do Espírito Santo. Uma das mulatas mais famosas do carnaval carioca, Maria Lata D’Água, trocou as serpentinas pelo rosário de Nossa Senhora. O samba enredo deu lugar às orações.
 
Maria Mercedes Chaves não se envergonha do passado no mundo do samba. Ela, que enfrentou toda sorte de infortúnios, venceu as próprias misérias para se fazer testemunho de vida. A passista vaidosa que encantou o mundo nas décadas de 50, 60 e 70 continua gostando da beleza, mas aquela que espelha Deus para os outros. “Tudo que fiz de errado Deus fez virar adubo para nascer a nova árvore.”, observa a antiga passista.
 
Maria Mercedes nasceu numa família pobre em Diamantina (MG), onde aprendeu a levar latas de água na cabeça. A prática lhe abriria as portas do sucesso.

Ao se mudar para o Rio de Janeiro, conheceu a vida dos morros.  O rosto bonito e o corpo de passista encantavam a todos. Através de um convite começou a fazer shows de samba. Foi quando a lata d’água reapareceu em sua vida. “Tivemos que improvisar num show em um circo. Me lembrei da lata de água e sai sambando com ela na cabeça”, lembra.
 
O sucesso do número a levou para palcos cada vez mais importantes, no Brasil e na Europa.
 
Conheceu artistas e tornou-se a Maria Lata D’Água, imortalizada no samba “Lata d’água”, de Luís Antonio e Jota Júnior, de 1952.
 
As apresentações e o casamento com um suíço a fizeram morar na Europa por 30 anos. Voltou ao Brasil em 1982, pendurou as chuteiras em 1990 e ficou viúva em 2001.
 
Com o tempo tornou-se evangelizadora e intercessora, e exemplo de vida. Garante que não se arrepende. “A vida que tive me trouxe para Deus”, afirma Maria Mercedes.
 
 Exemplo da personificação do gingado do samba, Maria Lata D´Água sempre estará na lembrança não só do torcedor Portelense, mas do amante do verdadeiro samba!

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