''Um Rio de mar a mar: do Valongo à glória de São Sebastião''
Hoje, a nossa alma canta.
E esse canto ecoa forte e faz a Águia da Portela voar. Com versos de Jobim, Rio que se mostra sorrindo: prova de amor que encerra ''seu céu, seu mar sem fim''.
E como onda que avança na maré cheia, invade. Vai e vem no fluxo e refluxo da história incessante a se transformar. Um canal que se abre e transborda em um Rio, que nos carrega, que começa e termina no mar.
Rio de janeiro, de fevereiro e março, carnaval!
De Estácio de Sá e Aimberê, guerreiro uruçumirim. De luta e invasão a se tornar casa de branco ''carioca'', de um povo que flechado de amor se rende e se reinventa à glória de São Sebastião.
Rio azul que passa em nossas vidas, a passar. Passado, presente e futuro. Onde o nosso coração se deixa levar. Rio de história que, de mar a mar, nos conta, como contas que nos unem num colar. Rio de fato que nos ata ao porto de suor e sangue, do banzo de Benim, Angola e Congo nos elos da corrente do Cais do Valongo. Da África que veio pro lado de cá.
Rio, rua e boulevard! Abre-se de cima a baixo e bota abaixo becos, vielas e cortiços, para do ''lixo'' ao luxo se transformar. Rio que nasce e cresce audaz. Rio que se refaz e alcança a bela época. Rio jardim de França, Rio a beira mar: desfila glamour e elegância.
Rio que se ergue monumental, eclética escultura a esboçar a sua vocação, fina estampa de jornais e revistas. Rio em cena: ao abrir do pano a orquestra do dia a dia, ópera do cotidiano, capital da arte e da cultura.
Rio que ri, canta e sonha nas ondas do rádio. Divas, reis e rainhas, vozes que embalam a fantasia da festa tradicional. Rio vivo, via que fervilha.
Rio que abre-alas pra folia. Sorrio no Rio de alegria, por onde desfila o carnaval.
Rio que se espraia na praça e onde o povo se encontra, se abraça e, na tela, se projeta em sonhos e emoções. Rio de estrelas, de luz, câmera e ação. Rio em festa a brindar a vida, a esquecer da lida, na dança das ilusões.
Rio que marcha revolto, de águas passadas, das chibatas a lavar a alma de seus heróis.
Rio que é voz de um povo que quer livre e feliz. Rio de chumbo vai ''caminhando e cantando e seguindo a canção'', na luta e conquista, caras pintadas, 100 mil na pista. Bravo ''coração de estudante'' a mudar um país.
Rio a correr e a recuperar o tempo perdido. Rio aguerrido a enfrentar o presente. Desafio de um povo, da gente do Rio, superação. Rio que se levanta a vai em frente, à frente do tempo, desfaz e faz. Rio vida que segue em seu vai e vem, Rio branco de paz.
Rio, correnteza afã, ida, vinda e volta, ponto de partida para a chegada do futuro. Rio Mar, na onda da arte de construir o amanhã. Rio porto aberto, de mar a mar para o que vier, para quem quiser chegar e amar.
Rio que abre o coração, cor de maravilha.
Rio de amor que se eterniza quando acolhe, aquece, abençoa e batiza as águas da Praça com as águas sagradas da Guanabara.
Seu povo em procissão:
Rufam os tambores da Portela à Gloria de São Sebastião.
Alexandre Louzada
Carnavalesco
Hoje, a nossa alma canta.
E esse canto ecoa forte e faz a Águia da Portela voar. Com versos de Jobim, Rio que se mostra sorrindo: prova de amor que encerra ''seu céu, seu mar sem fim''.
E como onda que avança na maré cheia, invade. Vai e vem no fluxo e refluxo da história incessante a se transformar. Um canal que se abre e transborda em um Rio, que nos carrega, que começa e termina no mar.
Rio de janeiro, de fevereiro e março, carnaval!
De Estácio de Sá e Aimberê, guerreiro uruçumirim. De luta e invasão a se tornar casa de branco ''carioca'', de um povo que flechado de amor se rende e se reinventa à glória de São Sebastião.
Rio azul que passa em nossas vidas, a passar. Passado, presente e futuro. Onde o nosso coração se deixa levar. Rio de história que, de mar a mar, nos conta, como contas que nos unem num colar. Rio de fato que nos ata ao porto de suor e sangue, do banzo de Benim, Angola e Congo nos elos da corrente do Cais do Valongo. Da África que veio pro lado de cá.
Rio, rua e boulevard! Abre-se de cima a baixo e bota abaixo becos, vielas e cortiços, para do ''lixo'' ao luxo se transformar. Rio que nasce e cresce audaz. Rio que se refaz e alcança a bela época. Rio jardim de França, Rio a beira mar: desfila glamour e elegância.
Rio que se ergue monumental, eclética escultura a esboçar a sua vocação, fina estampa de jornais e revistas. Rio em cena: ao abrir do pano a orquestra do dia a dia, ópera do cotidiano, capital da arte e da cultura.
Rio que ri, canta e sonha nas ondas do rádio. Divas, reis e rainhas, vozes que embalam a fantasia da festa tradicional. Rio vivo, via que fervilha.
Rio que abre-alas pra folia. Sorrio no Rio de alegria, por onde desfila o carnaval.
Rio que se espraia na praça e onde o povo se encontra, se abraça e, na tela, se projeta em sonhos e emoções. Rio de estrelas, de luz, câmera e ação. Rio em festa a brindar a vida, a esquecer da lida, na dança das ilusões.
Rio que marcha revolto, de águas passadas, das chibatas a lavar a alma de seus heróis.
Rio que é voz de um povo que quer livre e feliz. Rio de chumbo vai ''caminhando e cantando e seguindo a canção'', na luta e conquista, caras pintadas, 100 mil na pista. Bravo ''coração de estudante'' a mudar um país.
Rio a correr e a recuperar o tempo perdido. Rio aguerrido a enfrentar o presente. Desafio de um povo, da gente do Rio, superação. Rio que se levanta a vai em frente, à frente do tempo, desfaz e faz. Rio vida que segue em seu vai e vem, Rio branco de paz.
Rio, correnteza afã, ida, vinda e volta, ponto de partida para a chegada do futuro. Rio Mar, na onda da arte de construir o amanhã. Rio porto aberto, de mar a mar para o que vier, para quem quiser chegar e amar.
Rio que abre o coração, cor de maravilha.
Rio de amor que se eterniza quando acolhe, aquece, abençoa e batiza as águas da Praça com as águas sagradas da Guanabara.
Seu povo em procissão:
Rufam os tambores da Portela à Gloria de São Sebastião.
Alexandre Louzada
Carnavalesco
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