Monarco (50 anos de SAMBA!)

Monarco, compositor portelense, Enciclopédia do samba, representante da tradição viva do samba de raiz, chega à CAIXA Cultural Brasília para duas apresentações, nos dias 28 e 29 de abril (quinta e sexta-feira), às 20h. 

Acompanhado dos músicos Marquinhos (pandeiro), Guará (violão), Timbira (surdo) e Serginho Procópio (cavaquinho), Monarco solta a voz e interpreta clássicos de sua autoria, como “Proposta Amorosa” e “Passado de Glória”. Grandes parceiros acompanharam a trajetória do mestre. Com Ratinho, Monarco compôs “Nunca vi você tão triste”, “Vai Vadiar” e “Coração em Desalinho”. 

Monarco é uma enciclopédia. Coleciona histórias: limpou a mesa de bilhar de Villa-Lobos, guardou carros no Jornal do Brasil, dividiu (vários) conhaques com Cartola, compôs com Candeia, ouviu lamentos de Carlos Cachaça – grande companheiro de Noel Rosa. De linhagem nobre no samba, Monarco é dono de melodias apuradas, composições que entraram para a história do samba, nas gravações e regravações de grandes intérpretes, como Zeca Pagodinho, Marisa Monte, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Clara Nunes, João Nogueira, Roberto Ribeiro, Cristina Buarque e Maria Creuza.

Velha Guarda da Portela

Em 1999, a cantora Marisa Monte convidou Monarco e a Velha Guarda da Portela para o CD "Tudo Azul", de sua produção, que contou com participação de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Foi um grande divisor de águas, pois as músicas da ala mais tradicional da Azul e Branco de Oswaldo Cruz tornaram-se populares. 

Discografia

Nas ltimas cinco décadas, o sambista gravou quatro discos, que foram lançados, também, na Europa, Japão e Estados Unidos, além de inúmeras participações. O primeiro disco solo foi “Monarco” (1976). O álbum, que o revelou também como intérprete, trouxe músicas como "O Quitandeiro" (com Paulo da Portela) e "Lenço" (com Francisco Santana), entre outras. Outro disco, "Terreiro", foi lançado em 1980. Em 1989, gravou o disco “Inéditas – Projeto de Preservação da Música Popular”. Em 1995, gravou o CD "A Voz do Samba", lançado inicialmente no mercado japonês. Distribuído pelo selo Kuarup, este último lhe rendeu, no mesmo ano, um Prêmio Sharp de melhor cantor do gênero. Em 2004, Monarco recebeu o Prêmio Tim de Música.

Horário: 20h (não será permitida a entrada após início da sessão)
Telefone para informações: (61) 3206-9448

Monarco é, atualmente o melhor exemplo da guarda do velho e querido samba!